foto: André Lopes |
A imagem corporal se fundamenta a partir de nossas percepções, nas relações entre nossos sentidos e movimentos em geral e em nossas emoções. Precisamos da imagem corporal para iniciar os movimentos.
Ao praticarmos Aikido Corpo-Ki, vivenciamos deslocamentos relativos ao outro e a nós mesmos no espaço a partir de impressões visuais e táteis assim como impressões cinestésicas que se colocam em relação ao nosso próprio modelo postural. Sempre que as impressões visuais forem insuficientes para nossa orientação, as impressões táteis e as cinestésicas são utilizadas.
Curioso é notar que nosso modelo postural se relaciona e está interligado com o dos outros. As experiências em patologia confirmam que quando nós perdemos a orientação direita/esquerda em nosso corpo, também a perdemos em relação ao corpo do outro. (SCHILDER, 1981)
A nossa sensibilidade postural - algo continuamente trabalhado no Aikido pelo kamae e reajuste do ma-ai - é fundamental para a construção do conhecimento não apenas do nosso corpo mas da nossa relação com o outro.
O Aikido Corpo-Ki é uma prática que acontece a partir da interação com o outro. Sabendo que a dificuldade na percepção do nosso corpo precede a dificuldade na percepção do outro, coloca-se como vital para o praticante o conhecimento de seu próprio corpo. E isto acontece sobretudo quando uma boa preparação é feita: antes de iniciar propriamente os golpes, os exercícios de alongamento e respiração devem ser feitos com o máximo de concentração e consciência pois vão colaborar com a construção da imagem corporal do praticante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário